19 novembro, 2006

16 – Bomba Atômica


O General Sun Tsu, em seu livro A ARTE DA GUERRA, escrito há mais de dois mil anos dizia:
“A vitória sobre o inimigo só é alcançada quando este perde a disposição de luta”
Dependendo da tradução, ou do autor que faz a compilação das máximas do ilustre guerreiro, as palavras podem variar um pouco, mas a essência é a mesma.
A crença na vitória é uma das maiores armas de um exército.
Esta confiança pode ser quebrada de diversas formas.
Na segunda grande guerra mundial (1939/1945) a capitulação do Japão se deveu ao aparecimento de uma nova arma, de poder avassalador, que foi usada por seus oponentes americanos em duas oportunidades.
O número de vítimas, cerca de duzentas mil, embora elevados, não me parece que tenha sido o fator determinante do armistício.
Afinal de contas, a esta altura, já haviam morrido, durantes os seis anos que durou o conflito, mais de cinqüenta milhões de pessoas.
O que derrubou o moral dos japoneses foi o desconhecimento sobre a nova arma.
Se duas bombas fizeram um estrago deste tamanho o que viria depois?
A guerra acabou e esperava-se que tivesse sido a última, tais os sacrifícios e privações que todos os países do mundo, ou quase todos, sofreram naquela época e nos anos seguintes no esforço de reconstrução.
Além disso, como só os americanos possuíam a tal arma esperava-se que ninguém se atrevesse a enfrentá-los.
Infelizmente o ser humano não aprende com a experiência.
Em pouco tempo o conhecimento necessário à construção das bombas atômicas já estava disponível para vários países que não tiveram a menor dúvida em sair fabricando este novo “brinquedo” em quantidades e modelos os mais variados (bombas, ogivas de mísseis e torpedos, etc., etc.,).
Hoje, pelo que se sabe, cerca de dez países tem a bomba e o estoque de artefatos nucleares armazenados é suficiente para destruir o planeta pelo menos sete vezes (isto dá a medida da estupidez, pois se o mundo for destruído uma vez quem estará aí para destruí-lo outras seis?)
Bilhões e bilhões de dólares foram gastos, pois a brincadeira não é barata, mas isto não foi obstáculo para que países pobres também entrassem no clube e que, ainda hoje, haja uns dois ou três na fila batendo na porta.
Resumindo a ópera: “Para que serve a tal bomba que uns tantos idiotas tem e outros tantos querem ter?”.
A resposta é: RIGOROSAMENTE PARA NADA.
O que se esperava, quando o tal apetrecho foi inventado é que, a exemplo do que aconteceu com o Japão, ninguém mais tivesse a disposição necessária para se meter em aventuras militares, ante a ameaça de deflagrar um conflito de proporções imprevisíveis.
Mas os senhores da guerra logo descobriram que, devido às características da tal bombinha, era impossível controlar os seus efeitos nas guerras, por assim dizer, de pequeno porte.
Os efeitos colaterais são muito grandes e o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Além disso, quem tem coragem para atirar a primeira pedra?
Já passados bem mais de 50 anos dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, milhares de artefatos nucleares já foram fabricados (e devem estar guardados em algum canto, aí pelo mundo) e nenhum, graças a Deus foi utilizado.
Sabem por quê?
POR MEDO!!!
Vocês acham que o dedo dos americanos não coçou quando estavam perdendo a guerra do Vietnam?
E se os chineses e russos ficassem zangados quais seriam as conseqüências?
Atualmente, num mundo totalmente globalizado e entupido de gente até a tampa é impossível repetir o feito do Enola Gay (bombardeiro que jogou as bombas no Japão) sem atingir o próprio pé.
Joguem uma bomba no Iraque e depois fiquem trinta anos esperando diminuir a radiação nuclear para poder comprar petróleo dos árabes; uma bombinha na Coréia do Norte e logo teremos umas nuvenzinhas radioativas na Coréia do Sul e por aí a coisa vai.
Não temos, pois que nos preocupar com os dois maluquinhos que estão aflitos para fazer suas bombinhas (o do Irã e o da Coréia do Norte) não há nenhum sintoma muito relevante que eles sejam mais irresponsáveis e idiotas que os outros que já têm a bomba.
Enquanto eles gastam um dinheirão nesta brincadeira boba não estão fazendo coisas piores.
E, afinal de contas segundo os especialistas de plantão eles vão precisar de mais uns tantos anos para o brinquedo ficar pronto.

E 2012 VAI CHEGAR ANTES, COM CERTEZA!