30 janeiro, 2007

25 – Tudo pode piorar



Lei de Murphy:

“Não há nenhuma situação que não possa ser piorada”.

A lei acima veio à minha lembrança quando vi uma fotografia da posse do presidente do Equador alguns dias atrás. Lado a lado com ele estavam seus companheiros do Brasil, da Nicarágua, da Bolívia e da Venezuela.
O presidente do Irã também estava na festa, não sei bem o que ele foi fazer lá, mas não me lembro de tê-lo visto na foto que me chamou atenção.
O assunto de hoje é o quinteto sinistro de “socialistas” latinos que participou do evento e cuja imagem será eternizada nos documentos que farão parte da história deste nosso pobre continente americano.
O primeiro ponto a considerar é que cada um deles chegou ao poder amparado por expressiva maioria de votos de seus compatriotas.
O segundo ponto é que o discurso de cada um deles é muitíssimo parecido ao dos outros e não traz nenhuma idéia nova que possa acender a esperança de um futuro melhor para os pobres diabos que tão entusiasticamente lhes dão apoio.
São os mesmo chavões que vem sendo repetidos há mais de cinqüenta anos e que não servem a outro propósito que não seja levá-los ao poder.
O que era antes conseguido através de revoluções agora é atingido através do voto o que lhes dá respaldo aos olhos do mundo criando uma falsa ilusão de democracia.
Como esses votos são conseguidos a custa de que manobras de manipulação de opinião através de uma mídia cada vez mais inepta e corrupta e de promessas totalmente vazias de significado é um assunto que não me cabe comentar.
O que me incomoda no quinteto sinistro é a absoluta cara de pau.
Para começar se dizem democratas, mas seu mentor político, seu ídolo, é o velho Fidel que felizmente já está com um pé na cova.
Na verdade, a única coisa que gostariam de aprender do ancião é sua capacidade de se agarrar ao poder e se manter nele até o último suspiro.
Nem mesmo o intelectual brasileiro mais alienado (e temos muitos) é capaz de negar que Cuba está longe de ser um paraíso e não há notícia de nenhum que tenha se mudado para lá.
Os primeiros passos para seguir o caminho de seu herói eles já estão dando. Tão logo eleitos tratam de convocar assembléias constituintes para lhes dar mais e mais poder e abrir caminhos para se reelegerem indefinidamente.
Outro ponto em comum com seu líder é o gosto por discursos intermináveis.
Felizmente sempre nos resta a possibilidade de trocar de canal e acabar com a agonia, coisa que os cubanos não podem fazer e que os venezuelanos também estão a pique de perder.
No mais é ter paciência. Enquanto eles se ocupam de tentar unir toda a América Latina para enfrentar e destruir o imperialismo americano a gente vai tocando a vida do jeito que pode.
Pode-se até fazer apostas com os amigos para saber qual deles será o rei do continente.
Duas coisas podem e devem ser lembradas:
Se de uma reunião de sábios nunca saiu sabedoria imaginem o que resultará da reunião desses luminares.
A outra coisa, mas óbvia ainda, é que juntar um monte de pobres não vai gerar riqueza nem que Deus ajude.
Não vai gerar riqueza para o povo, é claro.
Para eles a história é outra, muito outra.