24 maio, 2007

34 - Planejamento Familiar – Aborto



Que há gente demais no mundo não há dúvida nenhuma.
Por mais que se evite abordar diretamente a questão, o fato é que nosso planeta não tem como suportar o crescimento contínuo da população da forma que vem acontecendo.
É fato mais que sabido e divulgado por organismos internacionais como a ONU, a WWF e outros mais, que estamos consumindo os recursos naturais com uma velocidade muito maior do que a natureza consegue repo-los.
Simplificando, para facilitar o entendimento, estamos comendo nossa própria carne.
Como o tema controle de crescimento populacional bate de frente com os interesses das religiões estabelecidas, dos políticos e das grandes corporações financeiras, assuntos como aquecimento global, mudanças climáticas e coisas do gênero são atribuídas ao consumo de combustíveis fosseis, destruição de florestas, etc como se tudo isso acontecesse por alguma razão desconhecida que não a demanda crescente de energia, água e alimentos de uma população que cada vez mais é induzida ao consumo como forma de realização pessoal.
Quando algum governo, como a China, por exemplo, adota medidas como a política de “cada família um filho”, o restante do mundo critica os chineses como se estivessem cometendo um crime inominável.
Se lembrarmos que apesar desta política, implantada há várias décadas, a China tem hoje 1,3 bilhão de habitantes não é difícil imaginar o tamanho da população chinesa se tal política não tivesse sido adotada.
O problema atual não é simplesmente evitar que as populações continuem crescendo.
O que se precisa fazer é compreender que temos que encontrar meios sensatos e humanos de fazer com que a população diminua até uma dimensão compatível com que a terra pode suportar.
Não se trata de utopia.
Trata-se de sobrevivência.
Os povos mais desenvolvidos e mais cultos já encontraram este caminho, sem que fosse necessária nenhuma intervenção dos seus governos nesse sentido.
Por uma ironia cruel, os paises mais pobres continuam subjugados pelos padres que os ameaçam com os castigos de Deus se não procriarem como coelhos e estimulados pelos políticos que lhes garantem educação, amparo, alimentação e emprego para todos os filhos que consigam produzir.
Padres e políticos mentem por que seu interesse é que haja cada vez mais miseráveis para serem manipulados por eles.
Os grandes grupos econômicos são cúmplices porque vêem nesses pobres diabos apenas consumidores e mão de obra escrava para ser explorada.
Como quebrar essa cadeia?
Confesso que não sabia até ler o artigo assinado por um economista no Jornal do Brasil, alguns dias atrás.
O luminar desancava os defensores do aborto e justificava sua catilinária contra os que apóiam a prática (não estou entre eles) explicando que seria suficiente que a sociedade se organizasse para dar todo o apoio moral e material a cada criança que nasce para que tal crime fosse banido.
Como isto não foi feito nos últimos dois mil anos e ele não explicou como deveria ser feito, darei minha colaboração desinteressada para solução do problema, na forma que se segue:
1) Toda mulher que por qualquer razão julgue que não terá condições de sustentar a criança que está por nascer, não deve se desesperar. Basta aguardar que a gravidez chegue ao fim e, tão logo possa, após o nascimento da dita, deve se dirigir a igreja mais próxima e entregar a criança ao padre responsável pela mesma.
2) Se a criança for doente ou se a mãe não gostar da idéia de entregar seu filho a um padre, basta escolher os pais adotivos que farão parte de uma lista que estará disponível, em todas as maternidades, com os nomes dos políticos, jornalistas, juizes, etc, etc, que se julgam com o direito de obrigarem os outros a fazerem aquilo que lhes dá na telha.
3) Finalmente, mais não menos importante, se a criança nascer anencéfala (os gênios nem assim permitem o aborto), basta entregá-la aos pais do dito economista (o endereço estará disponível na portaria do Jornal) pois eles são experts no assunto. Afinal de contas conseguiram criar um filho sem cérebro, fazer dele um economista e ainda arranjaram um emprego para ele no Jornal do Brasil.

PS: Quem quiser saber o nome do idiota é só perguntar que eu digo. Quanto a data do artigo foi 21/05/07.