06 março, 2007

28 – O buraco do Al Gore



Algumas semanas atrás os meios de comunicação deram grande destaque à iniciativa de um milionário americano que ofereceu um prêmio de vinte e cinco milhões de dólares a quem inventasse um meio econômico de retirar da atmosfera pelo menos um bilhão de toneladas de CO2 por ano.
Reproduzindo literalmente a notícia publicada no jornal O GLOBO: “Retirar o CO2 da atmosfera e armazená-lo é uma área chave das pesquisas. As idéias mais avançadas hoje consistem em enterrar a grandes profundidades o CO2 capturado ou transformá-lo quimicamente em sólidos ou líquidos que sejam estáveis. O maior problema desses métodos é o risco de vazamento”.
A matéria cita os nomes dos cientistas e ambientalistas que constituirão o júri e é ilustrada por uma foto do criador do prêmio ao lado do nosso amigo GORE.
As considerações que faço em seguida estão baseadas no texto do jornal, que acredito correto, uma vez que não foram contestadas.
Só para ter idéia do tamanho do problema, da forma que foi apresentado, vamos imaginar que algum gênio (de preferência americano, é claro) inventasse um equipamento que conseguisse aspirar o ar poluído retendo o CO2 e devolver o ar limpo ao meio ambiente. Algo mais ou menos parecido com um aspirador de pó como o que você tem em casa. Aí é só pegar aquele saquinho que fica dentro do aspirador, que em vez de pó conterá o CO2 e enterrar bem fundo.
Acontece que o saquinho em questão acumulará em um ano um bilhão de toneladas de CO2.
Como será necessário enterrar num buraco bem fundo (é o que diz a notícia) vamos imaginar o tamanho do buraco necessário para guardar o tal pozinho.
Admitindo que o gênio americano que inventou o processo (e ganhou os vinte e cinco milhões) tenha conseguido compactar tanto pozinho que a densidade do mesmo tenha chegado a dois (a da água é um e a do concreto é 1,4) seria necessário um espaço de quinhentos milhões de metros cúbicos.
Como é necessário um buraco bem fundo (é a notícia que diz) vamos cavar um de dez metros de profundidade e torcer para que seja suficiente.
Resumindo tudo a nossa tarefa será a seguinte:
1 – Fazer um buraco com dez metros de profundidade e uma área de quinhentos milhões de metros quadrados.
2 – Colocar lá dentro quinhentos milhões de metros cúbicos do tal pozinho. 3 – Tapar com a terra que a gente tirou lá de dentro.
4 – Sumir com a terra que sobrou (cerca de quinhentos milhões de m³). Lembre-se que estou simplificando tudo.
Só para pegar esta sobrinha de terra e jogar no quintal da casa do GORE, ou do tal milionário seriam necessárias cinqüenta milhões de viagens de caminhão.
Se você gosta de fazer contas vai ter distração à vontade.
Imagine qual seria o tamanho necessário do quintal do GORE. Calcule a altura do monte de terra. Qual seria o local escolhido para o buracão?
Peça ao seu filho de dez anos de idade para ajudar na brincadeira e não se surpreenda se ele perguntar: Pai, esses caras são loucos?
E você vai ter que dizer a verdade: - Eles são loucos, meu filho, e mais que isso; são irresponsáveis, hipócritas, mentirosos, gananciosos e tudo de ruim que você possa imaginar. E nossa vida está na mão desse tipo de gente e não há sinais de mudança.
O documentário do GORE ganhou um OSCAR.
Já há indicações claras que o calhorda está querendo ser presidente dos Estados Unidos e a mídia faz pressão para que ele seja indicado para o prêmio Nobel. Por mais que se tente acreditar que as coisas vão mudar para melhor o tamanho do desânimo que sinto é maior que o buracão que teremos que cavar.
Tomara que 2012 chegue de uma vez e acabe com esta agonia.
Em tempo:
Olhem a foto dos palermas:
O milionário com cara de louco brincando com o mundo (ele deve achar que é Deus) O GORE, por sua vez, deve ter tomado uns drinques ou exagerado no botox..
Que cara estranha!!!!!!!