Em setembro de 2006, por falta do que fazer, ou, quem sabe, para exorcizar alguns fantasmas postei o primeiro texto da série que interrompi em setembro de 2007.
Durante um ano abusei da paciência dos meus queridos leitores.
Sem nenhuma razão especial (ao menos que eu me lembre) a vontade de escrever me abandonou.
Agora, também sem motivo aparente, me veio a vontade de prosseguir para atar certos pontos e encerrar alguns assuntos que ficaram pendentes.
Contudo, à medida que pensava sobre as matérias que comentei ao longo do tempo, me dei conta de que, o que era uma brincadeira se tornou uma previsão.
Dois mil e doze está chegando, mas dificilmente chegaremos até lá.
Parece que uma nuvem de imbecilidades baixou sobre a terra e que estamos todos empenhados em acabar com a vida sobre ela o mais rápido possível.
Para os que me acharem pessimista sugiro que dêem uma olhada em qualquer jornal ou revista.
Deixem de lado o noticiário sensacionalista sobre crimes de toda espécie e se concentrem sobre as atitudes e declarações dos chamados líderes políticos e religiosos.
Não estou falando de alguns. Estou falando de todos.
Tentem encontrar algo que dê a mais remota esperança de que alguma coisa vai melhorar.
Olhem a figura daquele anãozinho do Iran que, com o apoio dos aiatolás e do nosso igualmente atarracado presidente, quer porque quer fabricar a bomba atômica.
Olhem para o Obama tentando manter de pé um gigante agonizante.
E o Hugo Chaves? E o carinha do Equador? E os patetas da Argentina? E Israel? E os Palestinos?
E os apóstolos, bispos e etc vendendo curas e prosperidades aos otários disponíveis (que são muitos) em troca de dízimos e doações?
E os prefeitos e governadores que prometem dar casas e apoio aos sobreviventes dos desastres que nunca se preocuparam em evitar?
A lista ficaria interminável, mas paro por aqui.
“Para bom entendedor meia palavra basta”, diz a sabedoria popular.
Quem sou eu para discordar?
Vou pensar e fazer outras coisas e sugiro que meus amigos façam o mesmo.
Chega de notícias e jornais alarmantes.
Por que perder tempo com o que não posso mudar?
Vamos aproveitar os últimos dias que nos restam.
Curtir cada pôr do sol, cada amanhecer, cada momento com as pessoas que amamos.
Vamos cantar e dançar como fazíamos na terça-feira de Carnaval bradando “É hoje só, amanhã não tem mais”.
É o que nos resta.
Fui!!
PS: Para quem acredita, a foto do Papa. Quem sabe ele fala com Deus e arruma as coisas?